
Trânsito de Ribeirão Preto já multou motoristas mais de 75 mil vezes em 2018
Aumento é de 10,3% em relação ao primeiro semestre de 2017; motoristas reclamam de falta de educação no trânsito
No primeiro semestre de 2018, a Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto S/A (Transerp) já aplicou 75,6 mil multas de trânsito aos motoristas que cometeram alguma infração no município. O aumento é de 10,3 % em relação ao mesmo período de 2017, quando foram aplicadas 68,5 mil multas.
O excesso de velocidade é a principal infração cometida pelos motoristas em Ribeirão Preto, representando 20% no total das multas aplicadas no município, mesmo com os radares fixos da Avenida Celso Charuri, que permite velocidades de até 70 km/h, estarem sem funcionar desde o último mês de fevereiro, como mostrou o Portal Revide. De acordo com a Transerp, foi detectada uma falha de operação no equipamento, que está em manutenção e ainda não foi definido um prazo para conclusão do reparo.
Só nos seis primeiros meses deste ano, a empresa já arrecadou R$ 10,5 milhões com as multas aplicadas no trânsito do município. Em todo o ano de 2017, foram R$ 21,3 milhões. Para a fotógrafa Teresa Cipriano, isso mostra que falta um pouco mais de “gentileza” para o motorista ribeirão-pretano.
“Sinto que muitos desconhecem as leis de trânsito. Não é gentil, não dá seta e briga demais. Erros acontecem, mas se não causou acidente, peça desculpas e siga em frente. As pessoas deveriam estar mais conscientes”, analisa Teresa.
‘Motoristas sem educação’
A professora Angela Arndt acredita que em Ribeirão Preto falta um pouco mais de conscientização por parte dos motoristas. Além das infrações mais comuns, como excesso de velocidade e falar no telefone celular ao dirigir, ela reclama de quem estaciona em vagas reservadas para idosos ou deficientes.
“É comum a gente ver carros sem credenciais parados em vagas reservadas. Muito comum, também, ver pessoas dirigindo falando no telefone. Mas o que me incomoda, mesmo, é o lance das vagas. Acho absurdo a falta de consciência de que ali é um lugar para alguém que de fato precisa. Eu achava que faltava punição, mas, pelo visto, nem isso está resolvendo”, relata a professora.
Foto: Pedro Gomes - arquivo Revide