A MORTE DA ARGUMENTAÇÃO

A MORTE DA ARGUMENTAÇÃO

A morte da argumentação

(Prof.: Luiz Claudio Jubilato)

 

A "tese" de uma dissertação argumentativa do vestibular é o ponto de vista do autor sobre determinado "assunto" (geral - amplo) e não sobre o "tema" (específico - recorte do tema).

O "argumento" é a lógica que fundamenta, valida a tese. Os tipos mais usados são o de autoridade, evidência, causa e consequência, comprovação e ilustração. É necessário informação (fatos atuais) e conhecimento (repertório cultural).

"Argumentação" é o recurso de selecionar, organizar e relacionar as ideias e os operadores argumentativos: palavras que se conectam umas às outras. O uso de exemplos, dados, fatos, opiniões referenda os argumentos, dá credibilidade ao texto.

Em 1966, Sérgio Porto, usando o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta, fundou o Febeapá - O Festival de Besteira que assola o País. Parece que o festival virou uma hecatombe. Explodiu com as redes sociais, as "fake news" e contaminou todas as partes do mundo.

Somos "algoritmos ambulantes": o universo virou metaverso. O que é verdade? O que é mentira? O mundo das "fake news" sofisticou-se, tornando-se o das "fake news", das "fake news", dos perfis, dos "influenciadores. O que é real? O que é virtual? Estamos na era do "achismo", do "radicalismo", da "aceitação" e da "alienação".

Comentários, xingamentos, ameaças tomaram o lugar da argumentação. As distopias: "1984" de George Orwell; "A Revolução dos bichos"; "Admirável mundo novo" de Aldous Huxley; "Fahrenheit 451" de Ray Bradbury; " nunca foram tão reais. O Big Brother está na sua porta. Chama-se IA. O olho que tudo vê e o algoritmo que tudo armazena. Sabe mais sobre você do que você mesmo(a).

Se você crê que Papai Noel existe, engoliu também a fantasia: não há INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL. A "inteligência" é orgânica, humana; "artificial" é fruto da capacidade humana de transformar: o carro elétrico polui mais que o a gasolina. Quando o PIB (Produto Interno Bruto) cresce, o país enriquece, mas sua qualidade de vida despenca. Papel higiênico não limpa, shampoos anticaspa não acaba com a caspa.

Quem será capaz de argumentar contra um radical, por isso contaminado pelo FEBEAPA e de qualquer uma dessas "extremas" que pululam por aí? Quem será capaz de argumentar contra quem engole qualquer "mentira"? Quem será capaz de argumentar contra quem não ouve, quem não lê, quem não vê. "Achismo" não é "argumentação".

O autoritarismo cresce em todas as partes do mundo com a propaganda nazifascista: terrorista virou político honesto. Muitos a confundem com conservadorismo. Entra pela pele do cidadão "papel higiênico" e explode nos poucos neurônios que sobraram.

Hoje as pessoas têm medo de falar ou escrever, porque algum radical o processa ou ameaça. Minha sorte é que esse texto é longo demais para a internet.

 

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